Desaparecimentos aumentam 30% em MG em 2025; estado registra média de 25 casos por dia

Registro de desaparecimentos, em Minas Gerais, aumentou 30% em relação ao ano passado Minas Gerais registra, em média, 25 desaparecimentos por dia. Segundo d...

Registro de desaparecimentos, em Minas Gerais, aumentou 30% em relação ao ano passado Minas Gerais registra, em média, 25 desaparecimentos por dia. Segundo dados da Polícia Civil, foram 8.285 casos entre janeiro e 27 de novembro, o que representa aumento de 30% em comparação com o mesmo período do ano passado (6.362). Em Belo Horizonte, a alta foi ainda maior, de 44%. Na mesma comparação, 1.754 pessoas desapareceram em 2025, enquanto, em 2024, foram 1.217. O filho da dona de casa Jane Aparecida Costa de Aguiar, Juliano Márcio Costa de Aguiar, de 34 anos, sumiu no dia 29 de setembro. Além de registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil, ela foi a hospitais e ao Instituto Médico Legal (IML) em busca de informações. "São milhões de coisas que passam pela cabeça. Na mesma hora em que você pensa: 'Ele já deve estar morto, às vezes já está até em decomposição', você pensa: 'Não, ele está vivo, ele procurou ajuda'. Eu tenho esperança de que ele possa ter feito isso", disse Jane. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp Cartaz de desaparecimento de Juliano Marcio Costa de Aguiar TV Globo/ Reprodução Segundo o delegado Matheus Cobucci, chefe da Divisão de Referência à Pessoa Desaparecida, o registro sobre um desaparecimento pode ser feito imediatamente após o fato. Quanto mais rápido, maiores são as chances de localização – neste ano, 6.147 pessoas foram encontradas em MG. "Não existe mais aquele prazo que se falava de 24 ou de 48 horas para o registro de desaparecimento. [...] Na cidade que não tem delegacia específica de pessoas desaparecidas, [é indicado] que procurem qualquer delegacia de polícia, pois eles estão preparados para elaborar um cartaz de pessoas desaparecidas, e esse cartaz pode ser divulgado tanto no site da polícia quanto em diversos meios apropriados para o caso", afirmou. De acordo com a Polícia Civil, 64,6% das pessoas que desaparecem em Minas Gerais são do sexo masculino. A maior parte tem entre 12 e 17 anos ou entre 31 e 40 anos. Entre as hipóteses para o desaparecimento relatadas pelas famílias, estão dependência química, conflitos familiares e sofrimento mental. Para quem ainda convive com essa espera, qualquer resposta é melhor do que não saber. "A gente fica com o coração apertado, fica às vezes sem comer, sem dormir, preocupada, quando chove você pensa. De uma forma ou de outra, vivo ou morto, a gente queria que ele aparecesse", disse a mãe de Juliano.