Governo dos EUA acusa Google de monopólio em publicidade digital e exige dissolução de área
Google Arnd Wiegmann/Reuterus O governo dos Estados Unidos pediu, nesta sexta-feira (21), que um juiz federal determine a dissolução da área de publicidade d...
Google Arnd Wiegmann/Reuterus O governo dos Estados Unidos pediu, nesta sexta-feira (21), que um juiz federal determine a dissolução da área de publicidade digital do Google. Segundo o governo, a empresa mantém práticas anticompetitivas e suas promessas de mudança não são confiáveis. O pedido foi apresentado nas alegações finais de um processo que discute a tecnologia publicitária do Google — ou seja, o conjunto de ferramentas usado por sites para vender anúncios e por anunciantes para comprá-los. Este é o segundo grande processo antitruste que o Google enfrenta neste ano. Em setembro, um juiz rejeitou uma ação semelhante do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que pedia a venda do navegador Google Chrome, em outro caso antimonopólio. Veja os vídeos que estão em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 LEIA MAIS: Golpistas criam lojas online falsas da Shopee e Havan para Black Friday Cofundador do Google supera Bezos e se torna o 3º mais rico do mundo Os processos fazem parte de uma ofensiva do governo norte-americano para limitar o domínio das grandes empresas de tecnologia, como Apple, Amazon e Meta. Até agora, as decisões têm sido variadas. No início desta semana, outro juiz rejeitou uma ação do governo contra a Meta. Em documento enviado antes da audiência, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e procuradores de vários estados acusaram o Google de construir, de forma ilegal, monopólios em dois mercados ligados à tecnologia de anúncios. Segundo o governo, o Google controla ao mesmo tempo diferentes etapas do mercado de publicidade digital. "Estamos aqui para resolver o problema. Argumentaremos que a melhor solução é desmantelar o monopólio do Google, o que criará um novo concorrente", afirmou a procuradora-geral adjunta Gail Slater. O Google disse que o processo é exagerado e que a medida prejudicaria editores, anunciantes e consumidores. A empresa afirma que suas ferramentas integradas geram eficiência e inovação, e que separar o serviço seria tecnicamente inviável. A decisão do caso deve sair nos próximos meses.